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sábado, 5 de setembro de 2009

O Golpe (Parte 2/8)

Para ler o 1º Capítulo clique aqui ou leia mais abaixo.
Olho sério para os intrusos e antes que possam me dirigir a palavra eu o faço.
- Então, qual o motivo dessa visita? Estamos longe do 7 de setembro para termos militares marchando por aí.
- Escute bem senhor, isso aqui não é uma brincadeira. Temos um assunto sério para tratar com o senhor.
A forma rude e direta do baixinho me impressiona, mas pelo menos vejo em seus olhos de que não desconfiam da ligação que recebi e me avisava sobre o que eles queriam..
- Então, se é tão sério, sentem-se para conversarmos.
- Senhor..
- Miguel, por favor.
- Senhor (Repete fortemente), chegou aos nossos informantes que um anônimo vem ligando para as redações alarmando de um possível golpe militar no dia de amanhã. É claro que tal baixaria não passa de uma brincadeira sem graça e que põe em dúvida o nosso comprometimento com esta nação. Por isso, juntamente com meus companheiros, estamos visitando as redações para saber se este contato foi feito e também, quando o telefonema foi recebido, se foi possível identificar o anônimo.
- Para falar a verdade, recebi sim um telefonema assim há 15 minutos. Se viessem antes ainda o pegariam na linha, mas não costumo dar bola para esses trotes e desliguei. Sobre o anônimo posso lhe dizer que era homem e tinha a voz vibrante, nada mais.
O seu olhar sobre mim foi aterrorizante, nesse momento percebi o quão sério era o assunto e decidi que levaria a pauta adiante. Como vou fazer isso terei que descobrir mais tarde.
(Continua..)

Um comentário:

  1. Você precisa arrumar o "disser" para "dizer". Gostei da idéia. Mas, neste capítulo o parágrafo final poderia ser terminado com algo que deixasse o leitor muito, mas muito curioso para ler o próximo.
    Ele poderia ser finalizado com alguns militares perguntando se poderiam fiscalizar as contas de e-mail dele. Já que ao entrarem ouviram que ele pede para os informantes enviarem tudo por e-mail. Outra, se eles já estão ali, e a época não foi espeficada, o público entende que é 2009, ou similar. Mesmo porque tem a informação do e-mail. Se já existe e-mail e os militares tem o apoio do supremo tribunal federal, eles poderiam grampear a ligação. Acho que o motivo da entrada no escritório pode ser alterado. Ou se não for, quando eles forem embora, o jornalista pode aumentar a preocupação por saber disso.

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