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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Então, é Natal! E o que você faz?

Então, é Natal!

Presentes, pazes, abraços, beijos, desejos...

Que o presente desta data seja a percepção do valor da vida
Que as pazes sejam permanentes
Que os abraços continuem a cada dia
Que os beijos celebrem o amor
Que os desejos não sejam materiais

Desejo a você, meu caro amigo, um Feliz Natal e uma vida com saúde e amor, pois isso é o que fica!

“Quando morrer, quero ser lembrado pelas coisas boas que fiz e deixo e não pelos que magoei”

domingo, 19 de dezembro de 2010

E o que fica?

Era um dia normal, estava no terminal de ônibus voltando do trabalho quando senti puxarem minha mochila e ouvi vozes de crianças dizendo “Tio, tem dinheiro aí dentro”. Quando virei minha mochila bateu no rosto de uma delas. Eram três na verdade.
O choque da mochila com uma das crianças, uma menina, me deixou preocupado, então lhe dei atenção. Ela vestia roupas sujas e segurava latas de comida nas pequenas mãos. Ela queria um pouco de dinheiro.
Meio sem jeito peguei várias moedas que levava comigo e lhe entreguei, dizendo que aquele dinheiro era para os três comprarem comida.
Depois disso parei e conversei um pouco com a menina, que me confessou que seus ‘familiares’, não lembro ao certo como ela os denominava, lhe obrigavam a fazer aquilo e que ela só poderia voltar para casa depois de conseguir dinheiro para dois litros de cachaça.
Aquilo me deixou furioso, mas ao mesmo tempo confuso. Ouvi, lhe dei atenção, mas em seguida coloquei minhas mochilas nas costas e segui em frente. Fui para casa.

Acordo!
E depois de pensar percebo que aquelas crianças são as coisas ruins do mundo. Eu as conheci. Eu as escutei. Eu as ajudei. E agora sigo em frente como se o mundo fosse perfeito.

Estou confuso!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os dedos tremem
O coração explode
Você mal consegue escrever
Você mal consegue pensar

Coração
Sentimento
Confusão

Os olhos lhe entregam
Eles dizem aquilo que você não quer dizer
Mas só você os vê
Só você consegue senti-los brilhar

Então seus dedos, aquela parte do seu corpo que menos passava confiança, escrevem...

No início é tudo confuso
Apenas letras embaralhadas
Mas depois, quando você pára de impedi-los, eles lhe deixam um breve recado

“Pare de controlar seu coração!”

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Perguntas

Você olha para o horizonte e o que vê?
Tédio?
Paz?
Tranquilidade?
Fim?
Você acorda e o que pensa?

Você pensa?
Quem é você?
O que você quer?

Perguntas, perguntas, perguntas...
Queremos respostas, mas sem saber ao certo qual a pergunta.

Queremos viver.
Em, com, para paz...
Queremos!


Em frente

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Já dizia o poeta que o amor é uma dádiva, mas será que ele também sabia que só os loucos conseguem perceber isso?
Amar é para todos, sabe amar é para loucos!

Opium

Estou cansado de ver os sonhos se despedaçarem
De ver as moralidades fracassarem

Estou cansado de modestos e insensatos
Da falta de sentido

Estou com ressaca dessa vida, que de mais nada tem de plena
Desse mundo que perdeu o sentido das coisas

Perdemos esta batalha
E temos poucos para tentar vencer a guerra

Há ilusões, mas também há esperanças
E as proporções são desiguais

O ser humano tem um limite e o da humanidade já foi ultrapassado.
Há uma força que nos guia, como há uma força que nos dispersa.
Não somos irracionais.
Não somos nem racionais.
Somos imorais.
Insanos.
Loucos.
Crentes.
Mas de crença isso não tem nada.
Somos e não somos, pois esquecemos.
E a negação é forte de mais.
Já a verdade é fraca.
A balança não pende mais.
Ela já gira...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Arrisque mudar o mundo..

Eu não vou desistir do mundo só porque as pessoas desistiram dele!
Por um tempo achei melhor esquecer este sentimento, mas agora percebo que vale apena lutar. Vale apena arriscar...
Tentei achar que não devia acreditar neste sentimento pelo mundo, que não devia pensar no mundo, mas não vou desistir.
Creio que uma pessoa pode mudar o mundo, mesmo quando todas as outras já desistiram.
Creio que enquanto um acreditar, este sentimento vai continuar existindo.
Sei que vou continuar com meus sonhos.
Temo que as pessoas não percebam que podem mudar o mundo, que podem acreditar nele e fazer como que ele seja bom e duradouro.
Temo! Mas não me arrependo de arriscar, tentar e sonhar.

Venham até a borda, ele disse.
Eles disseram: Nós temos medo.
Venham até a borda, ele insistiu.
Eles foram.
Ele os empurrou...
E eles voaram.
(Guillaume Apollinaire)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Não tema!

Não temo o passado
Temos as consequências do futuro
Temo as consciências do presente

Escolhas
Certas ou erradas
Nada pode mudar, mas tudo pode acontecer

O que passou, passou
O que fica, enobrece
O que vai, enaltece

O que virá?
Ninguém sabe, mas todos temem
Ou desejam...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

As escolhas fazem a diferença

Muitos criticam aqueles que não acreditam no destino, mas sim na força das escolhas individuais. Pois eu acredito nas escolhas, talvez por ser aquariano, mas pensar assim já seria uma contradição. E o que não é hoje em dia?
Pois vamos a um caso simples.
Lá estava eu, saindo do trabalho em direção a minha casa. O próximo ônibus sairia em apenas 1 hora, então resolvi (escolhi) que queria comer. Porque não um crepe? Pensei. Tem um bem ao lado do meu serviço e assim passaria o tempo. Bem quando passava pelo crepe decidi (escolhi), que seria melhor comer um cachorro quente, já que tem um no caminho da parada de ônibus. Andei mais dois metros e lembrei que há dias queria ir ao mercado comprar alguns enlatados. Decidi (escolhi) então ir no mercado e comprar algo para comer lá dentro. Fiz isso. Fiz minhas compras. E na hora que saia do mercado ainda faltava 45 minutos para o ônibus chegar.
Então esperei o ônibus e fui embora!
Não!
Na hora que eu saia do mercado vejo um amigo e resolvi (escolhi) ir cumprimentá-lo. Naquela noite meu amigo me deu carona até em casa!
Coincidência? Destino? Ou simples escolhas?
Não sei ao certo, mas sei que se eu tivesse mudado uma só de minhas escolhas seria tudo diferente. Poderia até ter encontrado dinheiro no chão enquanto comia cachorro quente.
Não sei o que aconteceria. Mas sei que as minhas escolhas levaram a isso.
Minhas escolhas!
E sempre vai ser assim..

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Uma parte de mim

Hoje eu acordei e ela não estava mais ao meu lado

Vou trabalhar e o tempo vai passar
Vou chegar em casa e ela não vai mais me ligar

Vou sonhar,
mas talvez o tempo não passe

É apavorante saber que uma hora o cronômetro terá que se mexer e ela não vai estar mais ao meu lado
É apavorante saber que não vou mais sentir seus lábios,
seu coração bater
É apavorante continuar, mas..
Sem mas...

It’s enough for me
I’m bad now, but time will pass
And only the good memories will stay

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Breves Linhas

As palavras são como sementes, no fim, quando brotarem os verdadeiros significados delas, serão mais belas que qualquer rosa!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vivendo e amando

Eu escolho viver
Eu escolho amar

Sem medo
Sem pressa

Vou assim
Do meu jeito

Vivendo
Amando

Apaixonado

Sem regras
Sem limites

Consciente do que é o amor, do que é viver!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Adormecido

Sentia a leveza da cama
O perfume do sono
Adormecia lentamen...

Adormeci
Um mundo novo surgiu
Cores, mulheres, crianças, asnos

Asnos?
Sim, até mesmo os asnos surgiam neste mundo novo

As cores,
que cores impressionantes
As crianças,
que crianças felizes
As mulheres,
as mulheres...

bip, bip, bip

O perfume desaparece,
mas ainda tento voltar
Vejo uma passagem se fechando
Vejo?
Sinto?
Não sei ao certo

Mas é tarde..
Há perfumes que só se sentem uma vez...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O medo de ir em frente

Mais uma etapa da vida se aproxima, as lágrimas são certas, o medo constante.

Tristeza e alegria juntas. Uma mistura estranha, mas ultimamente têm sido estranhos sentimentos os que mais me dão alegria.

Tenho medo, muito medo, mas também tenho certeza do que quero, de que está na hora de seguir meu caminho.

Está na hora!

No fim, sei que gosto de viver no inverno, mas quando este chega quero que passe depressa!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Simplesmente saudade

Tão estranho,
tão feliz.

Corro, pulo e ando, mas nada me satisfaz.

A saudade é forte.
A crueldade maior.
O sentimento melhor.

Sinto, quero, anseio.
Sei que não demora, mas um segundo custa dias a passar.

Paro, penso e espero.

Tão feliz,
tão estranho.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Per te!

Por você?

Reconstruo as linhas dos mapas
Rompo os limites do espaço tempo

Não há distâncias
Não há obstáculos

Por você!


Só há saudade..
Bendita saudade!


"Não te trago flores
Porque elas secam e caem ao chão

Te trago os meus versos simples
Mas que fiz de coração"
(Versos Simples - Chimarruts - Composição: Cassiane Silva / Richardson Mai)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sonhos, que são sonhos

Ele é jovem, alegre e sem medos. Ele sorri, mas o dia está chuvoso.
Ele passa em frente a uma parada de ônibus e percebe um contraste. Um idoso e velho amigo. Triste.
Ele interrompe a caminhada, senta ao seu lado e ouve. Ele gosta de ouvir e seu amigo precisa falar.
O idoso está decepcionado, pois ao fim de sua vida não vê glórias, não vê motivos para ser feliz.
Ele não entende, pois é feliz, tem tantos sonhos que só apontam para felicidade. Não entende como é possível pelo menos um daqueles sonhos não se tornar realidade.
Mas está difícil de acalmar o amigo. O idoso quase chora, mas tenta ser forte, mesmo no fim de uma vida, que crê não ter valido a pena.
Ele conta ao amigo tantos sonhos que tem. Tenta explicar que ainda não é tarde para o idoso fazer algo. Não é tarde para tornar sua vida alegre e útil.
O idoso parece que ouve, mas ele não sabe se o amigo realmente aceitou aquela ideia.
Ele levanta e segue caminhando. O dia está chuvoso. Ele olha para traz, para dar uma última olhada em seu amigo, mas não vê ninguém, o banco estava vazio.

E a vida passa em um segundo..

domingo, 4 de julho de 2010

Pelo Per, pelo feito - Perfeito

Os vidros estão limpos
O outro lado está claro

É estranho
É novo

Normalmente você não conseguia ver bem o outro lado
Normalmente havia inúmeras imperfeições

Dessa vez não há!
É tudo perfeito!

O outro lado é tão belo
Tão, Perfeito

É estranho não ter percebido antes
É tão bom perceber agora

Olhos,
janela da alma..

Palavras soltas a uma amiga

Doce, doce, a vida é um doce.
Uísque, uísque a vida é mais um uísque!

Mais uma garçom!
Mais uma?
Garçom?

E ela segue
festa a dentro
uísque a uísque
mesa a mesa.

Ela não para
é viva
é livre!

Novos sabores
recentes descobertas
paixões estranhas.

Ela só quer se livre
ser feliz!

Até que O caminho reencontre..

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Seguindo em frente..

Passamos a vida inteira esperando o telefone tocar. Construímos nossas estradas de tijolos amarelos para que um dia possamos seguir, avançar, ir em frente.
Mas é tão complicado dizer sim ao telefone ou seguir passo a passo, tijolo a tijolo.

Sentimos medo de deixar para trás o que já temos, de largar o certo pelo duvidoso.

O futuro sempre é incerto!
E o presente virará passado se nunca nos aventurarmos no futuro.

O telefone está tocando e a estrada para o próximo desafio está pronta.
Devemos atender?

Pois eu já aceitei ao desafio!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Expediente fechado

Desculpem, o portão está fechado
Preciso de um tempo.
Não posso mais atender aos meus próprios pedidos.
Os pedidos de estranhos têm lotado minha mesa.
Minha mesa!
Estranhos!

O trem não para.
Então vou pular.
Pego o próximo que passar
De preferência com uma mesa maior.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O cru e o el do mundo!

O pobre garoto chega à esquina, olha para os lados, mas não consegue ver nada.
O sinal está amarelo. O vento é frio.
Ele tem medo, tem fome.
Ele dá um passo em direção a rua para tentar avistar alguma esperança, mas a única que coisa que consegue ver é que está descalço e o asfalto é frio.
O garoto chora!
Ele pensa em sentir saudades, mas nunca teve nada para poder sentir falta.
Ali é sua casa!
Assim é o seu mundo!
Aquela, que para muitos é a noite, para ele é o dia.
Eterno!
Ele não descansa.
Não pode e não consegue.
Precisa sobreviver!
A noite vai, o dia vêm.
E o garoto continua ali, sozinho...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

P.S.

O funcionário chega ao serviço e encontra uma carta do seu chefe.


Memorando Interno 345/10

Luís Silva, em virtude do seu banco de horas, você está de folga hoje (24/5) e o resto da semana. Segunda-feira (31/5) traga sua Carteira de Trabalho no RH para que nenhuma hora seja descontada. E não esqueça de vir de crachá.


Att.

Artur Lourenço / Diretor

P.S.: Você está demitido.


Post Scriptum uma merda, P.S. é igual a Puta Sacanagem!

domingo, 23 de maio de 2010

Sorria!

Sorriam meus amigos, sorriam!

Sorria para uma criança,
sorria para um idoso,
sorria para seu amigo.

Abra sua alma,
liberte o que há de bonito em você.

Sorria meu amigo, sorria!

Viva...
Sem medo do amanhã!

sábado, 22 de maio de 2010

Uma hitoria quase real

Vou conta uma historia em um tempo não distante...
Era uma vez em um sábado de rock roll em uma cidade vizinha... La pelos vales do rio maior.
Após algumas cervejas de qualidade (não citarei o nome, pois não recebo nada para fazer propaganda pra Heineken)
Tenho a idéia de desafiar a Camila, e digo ao amigo Zanin?
Szymanski: ei Zanin, Vamos dar um uísque pra Camila?
Zanin: Vamos, eu pago.
Camila: uísque não... ta bom eu bebo um pouco.
La foi eu feliz e comprei um uísque da marca Johnny Walker
Disse ao barmen?
-3 pedras de gelo, por favor.
Fui atendido e retornei a mesa que se encontravam. Zanin, Camila, lici e gaby
Coloquei o copo na mesa...
A Camila me olha com quem diz “ta brincando comigo, não vou beber isso”
Da um suave gole no uísque, retirando seus lábios do copo e depositando o mesmo sobre a mesa, sorri e pronuncia algumas palavras entre risos...
Rapidamente Camila, leva sua mão em direção ao copo e novamente, como em um golpe de vida e morte, pega o copo, como se fosse parte de si, olha intensamente para o uísque, que pedia para ser degustado.
E em um brusco gole, vira todo o copo de uísque.
Todos pararam de rir e olham se entre si, procurando uma resposta para aquilo.
Mais não tinha mais jeito ela tinha dado um fim ao uísque.
Eu queria um gole daquela dose, mais fui negado de saborear pelo exclusivismo de Camila com o uísque.
Camila faz questão de olhar para mim e dizer...
-não fez efeito.
Eu simplesmente sou risadas...
O bom e velho rock continua embalar a noite, após uns 5 minutos escuto um comentário.
-não sinto mais meu rosto.
Seguindo de uma forte risada com sagacidade provocada pelo uísque...

quinta-feira, 20 de maio de 2010

la libertad

Estamos em um mundo livre, tão livre que a liberdade é excedida.
Mas como a liberdade pode ser excedida?
Se há algo nesse mundo que é definido é a liberdade, o ser livre, o fazer o que quiser.
A liberdade é pragmática, é atual.
Tão atual, que foi excedida.
Não veja isso como um ato contra a liberdade. Não mesmo. Mas o sentimento de liberdade sem regras tem ocasionado demasiadas aflições.
A liberdade, aquela sonhada em tantas utopias, foi modificada. Alteraram o sonho, mudaram o presente.
As pessoas vêem liberdade como o ser livre, sem deveres e responsabilidades.
Esqueceram do velho clichê “a sua liberdade termina quando a do outro começa”.
Esqueceram que liberdade não é apenas um sentimento e, infelizmente, tampouco uma realidade. Mas pode ser!
Parece contraditório, mas não é!
Liberdade é mais do que uma utopia, é algo que cada um cria dentro de sua vida.
Uma vida sem liberdade não deve ser vivida, por isso cada um cria a sua própria liberdade.
Encontramos o problema! Criamos a liberdade. E muitas vezes, excedemos...

sábado, 1 de maio de 2010

Poema da Prole

Sou brasileiro
Sei
Sou um TrabalhaDor
De sol a sol
Pois devo a um EmpregaDor


Aquele
Que é o ManipulaDor
Que coordena, manda e desmanda
Mas não sente a Dor


Sou peão
E o MandaDor
Um SonegaDor
CausaDor de tantas injúrias


No fim
Acabo sendo um AmaDor
Não que eu goste


Mas sou brasileiro
VivenciaDor
Não SofreDor


Vou firme
Pois no fim
Sempre há um CantaDor


Minha Dor não interessa
Não conta história
Mas ela tem um propósito
Ela move meu país


Move a economia, indústria, comércio
Até uma tal de Bolsa de Dores
Na verdade nunca soube
E acho que nunca vou saber o que significa tudo isso


Só sei
Sou brasileiro
Sou TrabalhaDor

(Texto postado em fevereiro, mas fiz questão de trazê-lo para cima pela data de hoje)

Primeiro de Maio

Um carpinteiro
Servente de pedreiro, jardineiro
Nas mãos calos das ferramentas
Na idéia a necessidade de prosseguir
No cadáver o cansaço físico

Um economista
Executivo, advogado
Nas salas de trabalhos informatizados
Nas idéias a fadiga
No corpo a ilusão

Todos explorados
Iludidos e consumidos
Escravos do sistema
Iludidamente afortunados

Primeiro de maio
Festejo e bebida
Sorteio de brindes
Abraço no patrão “amigo”

Segunda feira produção
Após uma estúpida ilusão
Agora todos cegados
Direitos não conquistados

O patrão demanda mais do pião
Volta se o feijão-com-arroz então
Cansaço engano ingratidão
Tudo outra vez então

Mais hoje é fascínio
Esqueça o amanha
O chefe é nosso amigão
Um brinde pra ele povão

Viva o dia do trabalhador
Viva o dia da exploração
Sindicatos, as lutas dizem não
Viva a acomodação

Rodrigo szymanski
01/05/10

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Banheiro do clube

Miguel entra no banheiro do clube e se depara com uma cena nojenta. Um estranho urinava nas paredes como se estivesse pintando um quadro. Miguel então decide interferir.
- Pare com isso. Podia ser a sua mãe que teria que limpar toda essa nojeira. Você não tem noção das coisas.
O estranho olha firme para Miguel e responde.
- Mas era minha mãe que limpava esse banheiro e ontem eles a demitiram depois de 20 anos de serviço. Humilharam ela na frente das pessoas e a jogaram porta a fora e sabe porque? Porque ela era honesta e não quis aceitar uma proposta indecente do presidente do clube.
Miguel pensa um pouco, anda até o estranho, se põe ao seu lado, abre o zíper e começa a urinar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Delírios de um Poeta

O poeta senta em sua cadeira, olha pela persiana para a grama molhada, mas nada lhe vem em mente.
Ele ainda pode sentir o cheiro da chuva, que tomou conta do céu durante todo o dia, mas não consegue lembrar-se dos pensamentos que o fizera sentar ali.
Pensa, olha, fecha os olhos e então se lembra.
Paz!
Sim os pensamentos eram de paz.
Ele estava sentado ali para tentar descrever o que sentirá naquela tarde, andando no bosque, sentindo a fina chuva que cai.
O cheiro das árvores parecia que voltava a suas narinas.
Fechando os olhos ele conseguia estar dentro de seus pensamentos, como um fantasma, mas de carne e osso.
Não havia coisas impossíveis naquele instante, afinal era ele que ouvia o canto dos canários, bentevis e tucanos.
Fechando os olhos ele voltava àquele estado de nirvana que o invadirá no bosque.
Mas ele precisava estar de olhos abertos.
Ali estavam poeta, chuva, grama, papel e caneta.
Depois de alguns segundos, apenas papel e caneta, pois sem o poeta a chuva e a grama já não tinham valores.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Foi um prazer

(Homenagem a minha turma de Jornalismo - texto escrito em julho de 2009, em ocasião da minha última fase cursando Jornalismo)

Depois de uma longa jornada, enfim, o caminhante chega ao seu destino. Somos todos caminhantes e chegamos ao fim de mais uma etapa. Acabaram as aulas. Há duas semanas eu não dava tanto valor a esse dia. Hoje já estou com saudades. Foram três anos e meios, entre risos, brincadeiras, choros e brigas. Foram três anos inesquecíveis, ao lado de pessoas inimagináveis. Foi um prazer estar ao lado de vocês. Entre colegas, amigos e amigos do peito, criei uma família. Um grupo, que pode até não ser o mais unido, mais que foi o meu grupo nesses últimos semestres. No fim, vejo que queria mais alguns dias com vocês, mas o meu adeus já foi dado. O que tenho a fazer agora é aguardar pelos encontros ocasionais - é tão duro dizer que nossos encontros serão ocasionais. Aguardar por aquele forte abraço nos primeiros reencontros. Forte abraços que com o tempo serão substituídos por pequenos acenos, assim é a vida, infelizmente. Fico imaginando o que será de cada um de nós. Não sei dizer. Mas sei que essa será uma pergunta constante de nossos reencontros. Talvez nossas conversas se resumam a isso, a saber como e onde estão. Talvez nem isso. Acima de tudo, quero dizer que sentirei a falta de vocês, daqueles que fizeram parte da melhor época da minha vida.
Aguardo pelos fortes abraços ao longo dos anos e rezo para que eles não cessem com o tempo. Rezo para que a maioria de vocês não se tornem ocasionais.
Foi um grande prazer, os levo para minha vida.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Religião, Páscoa e Crise

Quem me conhece sabe que sou católico, mas há algum tempo estou em crise sobre minha [ou não] religião. Digo isso porque acho que a verdadeira fé é aquela expressada fora de quatro paredes, com atitudes e gestos. Não acho que o ir à igreja, o seguir rituais ou sacramentos seja algo tão indispensável [me crucifiquem se estou errado, mas é assim que penso]. Acho que o indispensável é a forma como agimos perante a sociedade..

Mas, como todo bom filho de uma boa mãe e de um bom pai [falo sério], vou a missa, às vezes, e como é páscoa, fui na vigília e também subi o calvário e é aqui que entra o porque desse texto. Subindo o morro, lendo as estações, quinze no total, percebi que ali moram aprendizados, ensinamentos, traduções da vida do ser humano. Aquele caminho em que Cristo percorreu nos seus últimos dias é na verdade os caminhos que percorremos diariamente.
Na primeira estação vemos a condenação à morte. Quantas vezes somos acusados de coisas que não somos? Nossa sociedade nos julga pela imagem e esquece de ver quem verdadeiramente somos. Talvez por medo de ver o que somos capazes de fazer.
Em seguida é colocado sobre Cristo a cruz e ele passa a carregá-la, mesmo sem forças para isso. Cada um de nós tem sua cruz. Diariamente olhamos para nossos ombros e tememos não conseguir levá-la adiante, mas somos teimosos e seguimos. Ele seguiu, mesmo carregando a cruz que não lhe pertencia e muitas vezes nós também carregamos cruzes que não são nossas, mas somos forçados a isso. Mas aqui já entra a estação em que Simão carrega a cruz de Cristo.
Na terceira, sétima e nona estação Cristo cai. Vejam só, ele não caiu apenas uma vez, mas três. Essa é uma das principais mensagens que vejo aqui. Pois as quedas são constantes durante nossa vida. Vamos cair sempre, para sempre nos levantarmos. Cada queda é um aprendizado e aquele que enxerga assim com certeza levanta mais forte.
Há o momento em que Cristo encontra sua mãe. Em nossa vida, por várias vezes vamos encontrar nossa mãe. As mães nos dão força, mostram que todo o sofrimento que passamos não será em vão. Elas nos amam acima de tudo.
Na sexta estação Verônica limpa o rosto de Cristo. Mesmo quando todos estão contra nós e nos jogam pedras, haverá alguém que estenderá uma mão. É só olhar bem na multidão que veremos um amigo. Aqui também entra o encontro com as mulheres de Jerusalém. Pessoas que choram por nossas quedas.
Então, despojam Cristo de suas vestes, o deixam nu. Na vida, há inúmeros momentos em que nos deixam sem chão, em que nos tiram tudo aquilo em que acreditamos. A sociedade, às vezes [ou sempre], é cruel, mas mesmo assim precisamos continuar, nus.
Em seguida o pregam na cruz. Dor. Nudez. Multidão contra. Raras as pessoas tem que passar por isso, mas há quem passe. Cristo persistiu, ele não parou. Não podemos parar, precisamos continuar sempre.
A próxima estação demorei para entender, que é quando ele morre. Só fui entendê-la quando cheguei à décima quinta estação, à ressurreição. Há momentos em que precisamos morrer, simbolicamente, para que então renasçamos. Nem sempre seguimos caminhos corretos, muitas vezes nos desviamos do que é certo, então precisamos recomeçar, morrer para ressuscitar.
Antes da ressurreição ainda há estação em colocam Cristo nos braços de sua mãe. Quem nunca voltou para a mãe quando precisava recomeçar? Voltar ao inicio é a melhor forma para ter um novo começo. Aqui também entra o momento em que ele é enterrado, precisamos muitas vezes enterrar o passado para poder ressuscitar. Para poder seguir em frente..

Talvez isso seja apenas uma completa viajem..
Mas eu vejo assim nesse momento.
E já que a vida é feita de momentos..

quarta-feira, 31 de março de 2010

Você escolhe. Você é. Você faz!

Depois de um tempo você começa a entender porque faz o que faz. Porque das escolhas que fez. Percebe que você é o que, pois escolheu ser assim.
Fazemos o que fazemos, somos o que somos. Tudo por um simples motivo: Sobrevivência.
Para alguns pode soar estranho, mas sobreviver é viver, de uma forma em que você tenha o controle. Você escolhe. Você é. Você faz!

Eu escolhi ser jornalista. Por quê?
Primeiro porque amo ler e escrever, mas isso não é o principal, não é o essencial.
Demorei um pouco para entender isso, mas o que me faz sentir mais vivo é ultrapassar meus limites, vencer meus medos.
No jornalismo eu faço isso diariamente!
O jornalismo me põe em situações que se eu pudesse empurraria para outros fazer, mas não posso.
Então faço. Pronto. Simples. E gratificante.
O jornalismo me obriga a desafiar meus medos diariamente e sabe o que é mais incrível?
Não tenho medo disso, pois passei a gostar de me desafiar, de desafiar àquilo que me limita.
Passei a gostar de viver mais do que tudo!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Medos

Tenho medo do pôr-do-sol
Da nostalgia
Tenho medo de amar
De fechar os olhos
Tenho medo de escuro
Da solidão

Tenho medo dos meus medos

Mantendo o equilíbrio

Me perguntam “como eu mantenho o equilíbrio”.
Eu respondo “é simples, eu escrevo”.
Creio que cada um tenha o seu modo de manter o equilíbrio e o meu é escrevendo. Quando vejo que algumas coisas não estão boas eu escrevo e deixo nas letras do teclado tudo aquilo que poderia me afetar.
É uma terapia eficiente para mim. Mas não sei se funcionaria para os outros.
Olhando o passado vejo perfeitamente as épocas em que tive mais dificuldades, pois eram os momentos em que eu mais escrevia.
Bem, hoje, eu escrevo todos os dias. Afinal, escrever é o meu trabalho, meu ganha pão. E hoje me sinto nos momentos em que mais estive equilibrado nessa curta jornada que chama de vida.
Estou em paz!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Viva as crianças!

Sou jornalista e tenho que confessar, trinco meus dentes de raiva quando leio, ouço ou vejo meus colegas de profissão voltarem a falar da redução da maioridade penal. As pessoas não se tocam? Ou será que não conseguem enxergam além de grades e quatro paredes?

A redução não é a solução. Logo, crianças de 10 anos estarão cometendo crimes. Então teremos que reduzi-la novamente. Até quando?

A solução está em políticas públicas. Saí até mais barato investir em educação, oficinas, projetos sociais do que manter um efetivo que prenda nosso colegas cidadãos. Do que construir presídios! Aonde afinal vocês pensam que vão os presos? Não temos nem capacidade atual para todos. Imaginem se reduzisse a maioridade. E ainda, colocaríamos crianças de 15, 17, 13 anos com criminosos de 45, gênios da criminalidade. Afinal, queremos acabar com a violência ou aumentá-la?

Pensem! O que sai mais barato? Investir em políticas públicas para acabar com a marginalidade de nossas crianças? Ou investir em segurança pública e deixar que criminosos eduquem essas crianças?

Eu não entendo nem porque querem levantar este debate novamente. Pensei que tinha ficado claro.

Violência gerá violência.

Sabemos há muito tempo que a única maneira de acabar com a marginalidade é com a educação.

Só assim nossas crianças poderão se tornar nosso Futuro!

a culpa é dos jovens?

Nesta quarta feira recebi uma triste notícia. Um de meus ex-alunos, de 14 anos, assassinou uma garota de 26 anos com dois tiros na boca. O LP era um menino com históricos criminais, foi um garoto que morou um tempo na rua, era “abrigado”, a mãe já é falecida e seus pais não se sabe por onde andam, porém confesso que na minha oficina de cidadania ele nunca passou dos limites. As investigações dizem que, não foi ele, ele foi “testa de ferro” de algum traficante. O adolescente LP sempre gostou de hip hop e rap, inclusive, uma vez ele escreveu uma letra de rap, não sei exatamente se eram com palavras dele, mas falava “meu único pecado foi nunca ter sido amado”.
Por um momento me senti um fracassado, pois mesmo sendo educador por um tempo deste jovem, nada pude fazer para mudar a vida dele. É difícil, me senti com certa impotência social. O período que ele participou da oficina foi o que trabalhei com o tema “contra a violência e o extermínio de jovens, na luta pela vida”. Ele sempre opinava...
Hoje ele está preso com 14 anos, e a culpa é de quem? Será que o jovem LP é culpado? Hoje escutei várias opiniões, e uma delas era que devia ficar preso mesmo, “lugar de marginal é na cadeia”. Temos que entender o que é marginal. Para as ciências sociais, marginal é aquele que esta a margem da sociedade, sim o jovem LP está a margem da sociedade, não só ele, mas milhares de jovens, que são condenados por existir.
É impressionante como a mídia na região realizou um grande debate sobre a redução da maioridade penal, segundo o jornalista Adelor Lessa; “o acusado deve ser tratado, ou encaminhado, pelo tipo de crime, não pela idade. A "regalia" para o "menor" não corrige. Acaba estimulando um "negócio", e estimula que sejam "recrutados" mais jovens para o crime”. O jovem é tido como mais um bandido, mesmo que este foi usado pelo traficante.
E não quero citar o colunista policial Fábio Rogério que há tempos luta para acabar de vez com a vida da juventude. É inacreditável, como este colunista sensacionalista ataca os direitos das crianças e dos adolescentes. Alguém que não possui a mínima leitura sobre o tema, tece críticas de caráter fascista, recomendo e já recomendei ao mesmo que leia o ECA.
E hoje, o secretário de segurança pública de Santa Catarina, publica opinião, que “elementos violentos tem que estar trancado em uma cela”. Ele que é um político do alto escalão do governo do PMDB de SC, já esteve evidente na mídia pelos episódios de tortura em uma cadeia pública de Santa Catarina. Benedet defende a construção de novas cadeias para os “de menores”. Quero aqui citar o estado lamentável que se encontra a educação de Santa Catarina, que o digam os professores...
Um governo que não investe em educação, tece opinião de investir em cadeias para a meninada. E a culpa pelos crimes é dos “menores”. Claro o governo neofascista nada tem a ver com isso, como sempre ele é o Pilatos que lava as mãos perante a realidade dos excluídos.
Eu sinto muito pelo jovem LP, sinto nojo desta mídia hipócrita, e sinto raiva deste governo que mata o povo e em especial os meninos e meninas, que hoje já não sonham mais com um mundo melhor.
Eu como educador social, militante da Pastoral da Juventude, vou seguir acreditando na vida, na meninada, na esperança e em um mundo melhor.
Rodrigo Szymanski
11/03/2010

sábado, 6 de março de 2010

Viva Che, mesmo em desacordo com ele

Sempre achei Che Guevara um grande homem, um exemplo. Afinal de contas ele é um mártir. Mas vendo e lendo sua bibliografia vejo que já não me identifico muito com ele. Na verdade, ele defendeu algumas ideias contrárias visto as que acredito.


Não, não sou um capitalista. Na verdade, nem socialista ou comunista. Acredito que chegaremos em algum momento a um nível de desenvolvimento social que este simplesmente se chamará Futuro.


Aqui entra o que para mim era um defeito em Che. Para ele a revolução, a mudança só aconteceria através do “pegar em armas”, de batalhas e guerras. Defendo e sempre defenderei o não “pegar em armas”, pois se queremos chegar a este Futuro e, ainda mais, se queremos que este Futuro seja um lugar de paz e igualdade, não é com guerras, violência, morte e opressão que chegaremos lá.


Acredito na revolução da palavra.


Uma palavra tem mil vezes mais poder que um bala. Alguns durante toda a história de nossa humanidade já perceberam isso e movimentaram multidões. Jesus foi um caso e, porque não citar [talvez pela maneira que ele usou este poder], Hitler, também.


Só conseguiremos criar um Futuro, uma sociedade justa, civilizada e em paz se agirmos com justiça, civilização e paz no presente. O futuro é construído a partir do que fazemos no presente e jamais poderemos esquecer disso.


Finalizando: Viva Che, pois apesar de não concodar neste ponto com ele, não podemos discordar da importante figura que ele representou. Sua ideias ultrapassaram fronteiras. Quem diria que um médico Argentino seria fundamental na revolução de Cuba, iria apoiar revoluções no Congo, na Guatemala e porque não em toda a América Latina e por fim, morrer na Bolívia, sem jamais ter abandonado seus ideais.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Promessas

Quantas promessas somos capazes de suportar?

Quantas mentiras capazes de contar?

Quanto tempo podemos suportar?


Dor, agonia, tristeza, solidão.

Só vamos parar de senti-los quando decidirmos que é a hora de parar de fingir.


Fingimos ser felizes.

Fingimos ser honestos.

Fingimos que podemos cumprir nossas promessas.


O tempo está passando.

A dor não passa.


Estamos juntos nisso.

Mas, enquanto fingirmos, cada um se manterá só.


Já perdemos a primeira batalha.

Na verdade perdemos todas elas.


Cansei de fingir.

Cansei de prometer.


Está na hora de cumprir minhas promessas.

Enfim, está na hora.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Lágrimas

Depois de tanto tempo, hoje, eu consegui chorar. Aquilo que para muitos poderia parecer sinal de fraqueza, para mim significa força. Significa que minha alma está pronta, que meu coração está limpo. Estou pronto. Sinto. Está na hora de começar meu caminho. Estou livre para traçar minhas próprias estradas. Para poder cumprir com os deveres de minhas lágrimas. Não deixarei que elas caiam a toa. Nenhuma mais. Mas, todas, eu deixarei cair.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O silencio, já não me basta
Necessito do grito.
Daquele grito que explode da alma
Que escore pela face em lagrimas,
O silencio cativo não me acalma
Preciso das tuas palavras, de “vida e verdade”
Não posso diante de ti mais calar.

Estoura em meu ser a vontade de te acompanhar
Teus passos seguir
Suas palavras vivenciar
O meu viver a ti ofertar.

Meu caminho ao Seu se une
Pois, Tu és o Caminho;
No arriscado aceitar,
Hoje quero em Ti me abandonar
Em Teu silencia de vida gritar.

Pois sei que não sou mais eu que vivo,
És Tu que me habita...
Que me sustenta a caminhar
Que me atenta a gritar
Que me da coragem a tudo renunciar.

Hoje teu Nome grito em silencio, pois em teu caminho aceitei peregrinar.


Rodrigo szymanski
http://rodrigopjoteiro.blogspot.com/

domingo, 14 de fevereiro de 2010

As nozes

Ele é livre

Ele é feliz

Ele dança, conversa, observa

Sua roda é de amigos verdadeiros

Ele dança

Ele é feliz

Ele curte cada momento

Curte cada amigo

Cada olhar

Cada conversa

Ele é você, eu

Ele somos nós

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Meu Medo

Meu medo é acordar
E você do meu lado não estar
Meu medo é dormir
E você ao meu lado não estar
Meu medo é não te conhecer
Seu lábio não tocar
Sua pele não acariciar
Seu sono não velar.
Meu medo é ter você,
E por tolice te perder
Meu medo é ter medo
Meu medo é o amar

Rodrigo szymanski

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

voce a noite e o rock

Só um estante
Ao meio distante
Olhei sem nada procurar
Encontrei no perdido do bar
Um sorriso angelical
Um momento quase imortal
Ludibriado pelo teor espirituoso de seu sorriso
Também sorri
Deslembrei o que ali praticava
Permaneci a te contemplar
Seu cheiro ansiava experimentar
O rock embalava
A noite aclarava
O tempo alastrava
Meus olhos seu olhos buscavam
O dia brilhou
E atualmente permaneço a não te descobrir

domingo, 31 de janeiro de 2010

Questionamentos

Que mundo é esse em que nós preocupamos com discussões de reality shows, mas não damos atenção para o próximo? Diariamente conversamos sobre filmes, livros, programas de TV, entre muitos outros assuntos, mas quando alguém tenta conversar sobre algo mais sério, sobre problemas reais de nossa sociedade, todos acham isso um saco.

Como que as pessoas podem gostar de debater frivolidades e não estão nem aí para o que realmente interessa? Estamos nos tornando fúteis e vazios. Uns começam a ter crises existenciais [pelo menos esses se questionam que há algo errado e que eles podem ajudar a mudar as coisas]. Outros não estão nem aí, acham que discutir sobre problemas sociais é chato e perca de tempo [também acho, mas só quando se fica apenas no debate].

Conversar é necessário, até mesmo sobre as frivolidades, mas se manter apenas nisso leva a um caminho triste e solitário. Infelizmente muitos percebem isso tarde de mais...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Confusão

Como pode o ser humano sentir a mais tristes das dores e o mais belo das alegrias?

Tristeza de quando lhe arrancam um pedaço do seu corpo. Do chegar da morte em um momento que não é bem-vinda - se é possível ela ser bem-vinda.

Alegria de criança ao descobrir novas cores. De quando se conhece algo novo e muito bom.

Passa o dia e você não para de sorrir, mas ao lembrar-se da dor o rosto estampa com tristeza que você ainda não pode acreditar no que aconteceu.

Dor, amor. Luto, saudade!




Fique em paz tio!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Estranha vida

Estranho jeito de ser esse, o da vida

Quando chegamos ao fim de uma jornada, sentimos animo

Quando estamos no começo de outra, desanimo

Animo que é a tradução de tantos sentimentos

Como alívio, saudade, empolgação, cansaço...

Desanimo que é uma mistura

De preocupação, ansiedade, nervosismo, precipitação...

Estranho jeito

Bela vida

Com ou sem, animo e desanimo

E o patinho feio descobriu que na verdade era um cisne, que apenas estava perdido de sua família, a mais bela e pura raça de aves. E então, depois de tanto sofrimento devido a sua diferença, ele encontrou o seu lugar nesse estranho jeito de ser da vida.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Parabéns 2010

Apesar dos pesares [perdoe a falta de vocabulário] 2010 começou bem [para mim – triste egoísmo]. Mas como podemos achar que um ano começou bem se ao ligarmos a TV ou abrir os jornais só enxergamos enchentes, mortes, tufões, terremotos, destruição e mais mortes. O seu humano consegue [pelo menos aqueles que detêm o poder] fingir, ficar mudo e até dizer o contrário de tudo o que vem se apresentando. Na década de 90 e até antes já se falava que era necessário e com urgência cuidar do clima, mas o bolso pesava mais e se pensava [novamente aqueles que detêm o poder e ganham com isso] que ainda não era preciso prestar atenção nisso e bingo! Devastações, queimadas, pastos, bois, negócios, lucros e lucros. Essa era [é] a lógica. Ganhar, explorar sem pensar no amanhã. Hoje poderia se pensar que ao ver como o clima está respondendo com tantas variações inesperadas e ondas de calores e nevascas históricas que o homem [aquele do topo da cadeia dos seres vivos] começasse a se mexer [passou da hora disso – já estamos atrasados], mas então o que acontece? Ele começa a [se] debater [discutir], ele enxerga que é preciso fazer alguma coisa [nem todos] e bingo! Nada é feito. É incrível! Até leis são criadas para cuidar do meio ambiente, mas essas leis são opcionais. Cumpre quem quer!

E assim a história vai traçando o seu rumo. Assim vamos morrendo devagar [nossa sorte, pois muitos já morreram].