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terça-feira, 6 de julho de 2010

Sonhos, que são sonhos

Ele é jovem, alegre e sem medos. Ele sorri, mas o dia está chuvoso.
Ele passa em frente a uma parada de ônibus e percebe um contraste. Um idoso e velho amigo. Triste.
Ele interrompe a caminhada, senta ao seu lado e ouve. Ele gosta de ouvir e seu amigo precisa falar.
O idoso está decepcionado, pois ao fim de sua vida não vê glórias, não vê motivos para ser feliz.
Ele não entende, pois é feliz, tem tantos sonhos que só apontam para felicidade. Não entende como é possível pelo menos um daqueles sonhos não se tornar realidade.
Mas está difícil de acalmar o amigo. O idoso quase chora, mas tenta ser forte, mesmo no fim de uma vida, que crê não ter valido a pena.
Ele conta ao amigo tantos sonhos que tem. Tenta explicar que ainda não é tarde para o idoso fazer algo. Não é tarde para tornar sua vida alegre e útil.
O idoso parece que ouve, mas ele não sabe se o amigo realmente aceitou aquela ideia.
Ele levanta e segue caminhando. O dia está chuvoso. Ele olha para traz, para dar uma última olhada em seu amigo, mas não vê ninguém, o banco estava vazio.

E a vida passa em um segundo..

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