Páginas

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Das noites

O dia vai e eis que surge a noite. Tudo parece escuro. Mas olhos apaixonados vêm no escuro.

O sol desce, o frio surge. Mas basta um coração aquecido para enfrentar o frio. Não há espaço para noites frias por aqui.

Da noite vem os amores. E não os horrores... Horrores não tem espaço em corações apaixonados.



A gente não lembra de algo até lembrar...

Martelo de madeira não tem vez em prego de ferro.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Quando as pessoas cansam de discutir sobre a vida real, sem ter perspectiva alguma de mudança, elas começam a brigar pelo mundo irreal. Elas sabem que não podem mudar o fim, mas como é irreal, elas não se importam com isso e mesmo assim podem chegar ao ponto de duelos de sangue.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Um mundo fantástico

As janelas estão abertas.
Dentro conseguimos ver uma mistura de cores.
Hora rosa, hora azul. Tem o branco e também o vermelho forte.

Vemos a cor azul entrar e sair pela entrada principal.
E o rosa se expandir a ponto de quase estourar. Ops, estourou!? Sim.
Resultado: lá vem uma abertura em meia lua.
O movimento, às vezes, faz até balançar uma das peças brancas que está quase caindo.

E os adultos olham admirados, resmungando silenciosamente: como pode colocar chicletes e pirulito ao mesmo tempo na boca!




sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Prazeres

As bolhas, o vapor... A água está no ponto.
E a erva no local a que pertence!
Mas antes...
Água fria.

Tomada a primeira água. Está na hora do verdadeiro sabor.
A água quente solta um aroma amargo e chamativo.

É hora de matear!



A origem

Individual ou em grupo. O chimarrão é um destes prazeres únicos...

A primeira mateada queimou a língua do moleque.
Mas a vó tinha avisado!
Hoje o moleque não se importa quando queima a língua.
Ele aprendeu... A matear!

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Voe passarinho, voe!

Dezesseis anos atrás uma certa camiseta trazia bordado o seguinte texto de Guillaume Apollinaire:

“Venham até a borda, ele disse. 
Eles disseram: Nós temos medo. 
Venham até a borda, ele insistiu. 
Eles foram. 
Ele os empurrou... 
E eles voaram”

Éramos jovens quando a vestíamos, mas a mensagem continua ecoando...
E, talvez, ela seja muito mais importante nesta fase da vida daqueles jovens, agora, adultos. Hoje, é preciso não ter medo de voar.
Difícil, não?

Ir até a borda e contemplar o mundo é desafiador!
Será que temos medos de enxergar que nossas possibilidades vão além do horizonte? Que tal só dar uma chegadinha na borda?
Primeiro observe. Depois sinta! E, se ninguém te empurrar, alce voo!

Embora estejamos em um mundo de escolhas amarradas, ainda temos algumas escolhas!