Páginas

terça-feira, 28 de junho de 2011

A verdadeira proposta do governo de SC para os professores

Ato de mentir, engano propositado (falsidade), história falsa (patranha, peta, tanga), aquilo que engana ou ilude (fantasia, ilusão). Esta é a definição que o Dicionário Priberam traz sobre a palavra Mentira. Não é preciso acrescentar nenhuma palavra para descrever o que o governo do Estado de Santa Catarina vem anunciando nas mídias, com um dinheiro que ele diz não ter. Duvida? Vamos aos fatos então. Para exemplificar vou pegar a folha de pagamento de um professor, deixando claro o porquê da Mentira do governo. No caso, o professor é meu irmão, por isso posso dar dados reais.

Antes da greve e da decisão do STF do piso nacional para os professores a folha dele era de R$993 (vencimento inicial) + R$200 (prêmio educar) + R$120 (vale alimentação) + R$248,25 (regência de classe 25%) + R$397,20 (oito aulas excedentes), totalizando R$1.958,45 (bruto, na conta final isso cai para cerca de R$1.350). Agora vamos a proposta do governo. São R$1.380 (vencimento inicial) + R$0 (prêmio educar) + R$120 (vale alimentação) + R$234,60 (regência de classe 17%) + R$276 (oito aulas excedentes), totalizando R$2.010,60.

Um aumento, que a primeira vista aparenta ser de R$52,15, o que por si só já é um absurdo. Mas se consideramos o desconto do Imposto de Renda e do IPREV (fundo de aposentadoria) o aumento real passará a ser de apenas R$1,90. É preciso lembrar que o piso nacional, obrigatório por lei, e que o governo não cumpre, é de R$1.187,97, respeitando abonos e plano de carreira, já que estes são direitos conquistados pelos professores ao longo de toda a jornada e não podem ser simplesmente ignorados.

Isso é justo? Será que é por este aumento que os professores catarinenses pararam desde o dia 18 de maio? Achatar o plano de carreira, cortar e acabar com benefícios, não é atender as reivindicações dos professores, mas sim mais uma forma de mentir para a sociedade. O governo não pode passar por cima de uma classe, a classe que educa crianças e jovens. É claro que estes profissionais estão preocupados com seus salários, mas minha maior preocupação é com a educação de nosso estado. Afinal de conta se aquele, que escolhemos nosso representante pelo voto democrático não se importa com a educação, quem vai nos ajudar? O povo não pode esquecer disso, pois nenhuma grande mudança parte de lideres, elas partem da massa, do povo, da sociedade civil organizada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário