Páginas

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Delírios de um Poeta

O poeta senta em sua cadeira, olha pela persiana para a grama molhada, mas nada lhe vem em mente.
Ele ainda pode sentir o cheiro da chuva, que tomou conta do céu durante todo o dia, mas não consegue lembrar-se dos pensamentos que o fizera sentar ali.
Pensa, olha, fecha os olhos e então se lembra.
Paz!
Sim os pensamentos eram de paz.
Ele estava sentado ali para tentar descrever o que sentirá naquela tarde, andando no bosque, sentindo a fina chuva que cai.
O cheiro das árvores parecia que voltava a suas narinas.
Fechando os olhos ele conseguia estar dentro de seus pensamentos, como um fantasma, mas de carne e osso.
Não havia coisas impossíveis naquele instante, afinal era ele que ouvia o canto dos canários, bentevis e tucanos.
Fechando os olhos ele voltava àquele estado de nirvana que o invadirá no bosque.
Mas ele precisava estar de olhos abertos.
Ali estavam poeta, chuva, grama, papel e caneta.
Depois de alguns segundos, apenas papel e caneta, pois sem o poeta a chuva e a grama já não tinham valores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário